Amo essa personagem com quem muito me identifico: Madame
Bovary.
A personagem: Sou a própria
ironia. Ao casar pelo mais puro interesse, em busca de status, dei-me muito
mal. Por crueldade do destino, minha ideia virou antítese e minha vida
transformou-se em infelicidade. Para acabar com minha solidão, busquei na
hipérbole o meu refugio: exagerei nas paixões, para, por fim, morrer de amor.

Eu: Posso não ter me casado por
interesse, mas, em minha realidade, sou uma antítese: sou uma guerreira frágil,
mato para proteger os meus, mas quem me protege dos seres cruéis que habita o
mundo? Não sou uma princesa. Não quero ser uma romântica. Sou independente, luto
com unhas e dentes pelo que quero – principalmente unhas.

Uso e abuso da hipérbole. Grito
se tiver que gritar, choro se tiver que chorar. Tenho muito amores sim e não
tenho vergonha de dizer: minha família, meus amigos, meus gatos. Amo sim, sem
vergonha ou medo. Se em alguns momentos quero ficar sozinha, essa é minha
licença poética. Se gosto de esmalte ou maquiagem, também amo ensinar e
aprender. Sou uma guerrilheira, tenho muitos inimigos, mas não perco o bom
humor. Se me ama? Eu também te amo. Se me odeia? Entra na fila e vê se me
esquece.
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